Não é fácil. Pra ninguém. Nem nunca foi. Preencher um vazio sentimental. É como você preencher um grande buraco com... Nada. Tem que se ter vontade, imaginação e esperança.matérias-primas que, justamente numa crise, estarão em falta absoluta. Geralmente saímos catando cacos da relação arrebentada e tentamos, com eles, modelar uma forma parecida com a anterior. Esculpimos uma paródia. Não vai dar certo. O original - já longínquo - continuará assombrando qualquer nova relação. Cobrando semelhanças. Temos que nos acostumar com um período de luto.
De desapego. Temos que sair plantando sementes de novas flores, novas cores... Novos amores. E eles vicejarão livres e desimpedidos. Restabelecendo nosso equilíbrio amoroso. Nossa felicidade sentimental. Os frutos dessa reação mais do que necessária brilharão ao sol de um novo tempo. Onde os antigos amores poderão ser vistos e sentidos apenas como lembranças. Como marcas de amadurecimento, de coisas bem-resolvidas... E nunca como sentenças que temos que amargar pelo resto da vida. Novos amores devem ter o viço de novos amores. Simples assim.
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